"Os nossos egos, antes tão grandes e dominadores, deixam-se agora ficar num segundo plano, pois estamos em harmonia com um Deus amantíssimo. Descobrimos que vivemos vidas mais ricas, mais felizes e mais plenas, quando abandonamos a vontade própria."
Texto Básico, p. 117
A adicção e a vontade própria andam de mãos dadas. O desgoverno que admitimos no Primeiro Passo resultou tanto da nossa vontade própria como do nosso abuso crónico de drogas. E hoje, viver de acordo com a nossa vontade própria pode tornar as nossas vidas tão desgovernadas como quando usávamos. Quando as nossas ideias, os nossos desejos, as nossas exigências, têm a primazia nas nossas vidas, vemo-nos em constante conflito com tudo e todos à nossa volta. A nossa vontade própria reflecte a nossa dependência do ego. A única coisa que nos libertará da nossa vontade própria, e do conflito que ela provoca nas nossas vidas, é quebrarmos a nossa dependência do ego, e dependermos antes da orientação e da força que nos é dada por um Deus amantíssimo. Somos ensinados a recorrer a princípios espirituais, e não aos nossos desejos egoístas, sempre que tomarmos decisões. Somos ensinados a procurar a orientação de um Poder Superior, que tem uma visão mais alargada das coisas do que nós. Ao fazermos isso, descobrimos que as nossas vidas se adaptam mais facilmente à realidade à nossa volta. Não mais nos excluímos do fluxo da vida; tornamo-nos parte dela e descobrimos a quantidade de coisas que a recuperação tem para dar.